Metano global da indústria do gado subestimado.

Através de recálculos baseados em uma nova abordagem, pesquisadores americano da Universidade de Missouri concluíram que as quantias de metano emitidas a partir de resíduos de explorações leiteira e de suínos poderiam estar subestimadas até 65%. As granjas industriais nos EUA, que abrigam milhares de animais de uma vez em uma construção, são amiúde forçados a dispor de quantidades esmagadoras de resíduos em “lagunas” de estrume, fossas abertas e sem tratamento mantendo até milhões de litros de resíduos líquidos. Embora essas lagunas de resíduos de gado gerem gás metano tóxico como um subproduto, eles são raramente medidos devido à dificuldade técnica e altos custos. Como resultado, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) vinha estimando as emissões deste potente gás de efeito estufa baseado em certa fórmula das Nações Unidas. Entretanto, os cientistas descobriram que as lagunas geraram metano mais rapidamente do que calculado pela fórmula da ONU. Isso, somado a outras atualizações e equação, sugeriu que as atuais emissões de metano pudessem ser até dois terços mais altas do que o estimado. Além disso, o relatório afirmou que outras operações de animais de criação podem de fato estar produzindo poluição de metano além do limiar atualmente exigido para reportagem ao EPA tais como granjas industriais com menos de 3.200 vacas leiteiras ou 34.100 porcos. Os efeitos nocivos do estrume do gado ao meio ambiente e à saúde foram depois descritos pelo jornalista investigativo dos EUA David Kirby em uma entrevista.

David Kirby – Premiado jornalista investigativo americano, autor de “Animal Factory” (M): Há todos os gases que saem das lagunas, que saem das lagunas, que saem dos próprios celeiros, e que vêm dos campos borrifados, onde quando eles têm de se livrar deste resíduo líquido. Claro, se o vento vier, isso é ótimo para o agricultor, porque ele se libra de varias centenas de litros de líquido que voaram pelo ar. As próprias lagunas liberam gás, e elas emitem metano, que é muito perigosa à saúde humana; o sulfeto de hidrogênio, que pode causar desordens neurológicas, depressão, ansiedade, até suicídio, agressão - o sulfeto de hidrogênio é uma coisa horrível a estar exposto; e a amônia.

Voz: Nossa apreciação, Sr. Kirby e pesquisadores da Universidade de Missouri por essas observações factuais que ajudam a quantificar este prejudicial gás do efeito estufa. Com tais sérias considerações como essas, que governos e indivíduos façam a urgente e necessária mudança para a agricultura à base de plantas compassiva e de baixa emissão para salvar o planeta.

Supema Mestra Ching Hai tem transmitido em muitas ocasiões sua preocupação pelo impacto ambiental da agricultura animal, como durante esta videoconferência de setembro de 2009 na Coreia do Sul.

Suprema Mestra Ching Hai: Os animais e os resíduos deles também produzem potentes gases de efeito estufa, como o metano e o óxido nitroso, mesmo outros gases tóxicos. O metano é mais de 100 vezes potente do que o dióxido de carbono. E o óxido nitroso é 300 vezes mais potente do que o dióxido de carbono. Respeitáveis cientistas recalcularam e descobriram que a indústria da carne está na verdade produzindo mais de 50% das emissões de gases de efeito estufa. A carne é a causa número um do aquecimento global. Então, a solução número um é parar de produzi-la. É lógico, sim? Então, todos nós temos de ser veganos. É isso o que a ciência está nos dizendo claramente neste momento.