Benefícios climáticos da mudança de dieta: Estudo PBL  
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Origem: Netherlands Environmental Assessment Agency

Benefícios climáticos da mudança de dieta


Reduzindo o consumo global de carne reduziria emissões do gás do efeito estufa e cortaria os custos da política climática consideravelmente. Esse é o resultado de um estudo PBL publicado em Mudança Climática. Além de uma redução em emissões de metano e N2O, grande áreas agrícolas ficariam desocupadas, principalmente como um resultado de pasto para gado reduzido, e poderia diminuir grandes quantias de carbono. Mudando o mundo todo para uma saudável dieta com menos carne reduziria os custos de estabilizar gases do efeito estufa em 450 ppm CO2 equivalente em mais de 50%.

Para o artigo
Autores
Elke Stehfest , Lex Bouwman, Detlef P. van Vuuren, Michel G. J. den Elzen, Bas Eickhout and Pavel Kabat
Data 12 de fevereiro de 2009
Publicação Mudança Climática

Resumo

Políticas de mitigação da mudança climática tendem a focar no setor de energia, enquanto o setor de animais recebe surpreendentemente menos atenção, apesar do fato de responder por 18% das emissões de gás estufa e por 80% do uso humano total de terra. De uma perspectiva alimentar, novas percepções nos efeitos de saúde opostos da carne bovina e de porco levou a uma revisão das recomendações do consumo de carne. Aqui, nós exploramos o potencial impacto de mudanças alimentares para o alcance de ambiciosos níveis de estabilização climática.

Usando um modelo de avaliação integrado, nós descobrimos uma transição global de alimento para menos carne, ou até uma completa mudança para proteína alimentar à base de vegetais ter um efeito surpreendente no uso da terra. Até 2,700 Mha de pasto e 100 Mha de terra fértil poderia ser abandonada, resultando em uma grande absorção de carbono da vegetação crescente. Adicionalmente, a emissão de metano e óxido nitroso seria reduzida consideravelmente.

Uma transição global para uma dieta com menos carne como recomendada por razões de saúde reduziria os custos de mitigação para alcançar uma meta de estabilização de 450 ppm de CO2 equivalente em quase 50% em 2050 comparado ao caso de referência. Mudanças alimentares poderiam então não apenas criar benefícios consideráveis para a saúde humana e uso global da terra, mas podem também representar uma importante função em futuras políticas de mitigação da mudança climática. 

Fonte: Agência de Avaliação Ambiental Holandesa